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segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Sem nome.

Nunca se sabe para onde ela esta indo, menina baixa, magra, um tanto farta de peito e bunda, sai por ai dando pra qualquer cara, ou melhor, qualquer cara com um toque de mistério, que use preto, ou ateie fogo em uma casa. Qualquer um que chute o lixo do vizinho logo as 6 da manha, qualquer um que a faça sentir algo alem de auto-piedade .

Cinderela compulsiva perdeu tudo aos 15, não sabe pra onde, ir, tem casa, mas não tem ninguém, da vida já apanhou, tem a habilidade de quebrar corações em 2,3,4 até 5 pedaços de corações .

Naquela noite ela vestia um vestidinho preto, solto, estava com uma trança os olhos sempre pintados de preto, olhos sedutores, um sorriso que diz que você nunca vai conhecê-la suficiente, ela queria sentir aquela noite, nem que fosse medo, mas não conseguia, so sentia saudades de algo que já havia partido, ou melhor, alguém, um alguém que se fora e levara tudo dela junto. Paixão, piedade, comoção. Sobrou uma peça fria, de mármore, banhada a ouro, com um sabor de destruição no final. Algo bem sutil, queimaria todos seus sentidos até não poder mais saber para onde ir.

Naquela noite, no mesmo lugar onde o encontrara, ela estava parada, chorando, fumando, gritando, sentindo falta de si mesma, sentindo falta de ser humana, até quando iria durar? Ela achava que já tinha passado o efeito, mas essa nostalgia...

Ela estava com raiva de si mesma, “ponto” pensou,” consegui sentir algo a mais por mim, tenho raiva agora.”

Mylena

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